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Com Depp, Tim Burton explora “Alice no País das Maravilhas”

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O trailer 3D de Tim Burton para “Alice no País das Maravilhas,” da Walt Disney Pictures, tem sido o assunto da Comic-Con, graças em parte à aparição surpresa de Johnny Depp em um painel na quinta-feira.
Depp interpreta o Chapeleiro Maluco no novo filme, que estreia nos cinemas em março de 2010. Burton fez sua primeira aparição na grande convenção de quadrinhos e cultura pop desde a década de 1970, quando o Comic-Con envolveu trechos do filme “Super-Homem.”
O diretor brincou que trouxe trechos de suas férias por não ter muitos trechos do novo “Alice no País das Maravilhas.” Ele sentou-se com a Reuters para conversar sobre o filme.

P: Você pode explicar sua visão sobre Alice no País das Maravilhas?
R: Não, porque eu ainda tenho muito a fazer (risadas). Digo, estamos tentando fazer um filme. Eu apenas pego versões e… porque é como gostar de material em quadrinhos, embora eu não sei se verei em algum momento um filme que realmente gostei baseado neles, porque sempre parece ser uma série de acontecimentos estranhos. Todo mundo é louco e é um tipo de garotinha passiva vagueando de episódio em episódio. Então, mesmo que os livros e as histórias sejam icônicos, nunca senti que houve um filme que realmente se fez um filme, traduzido da história para um filme. Então essa é a tentativa.

P: O que você tirou do material de Lewis Caroll?
R: É baseado em todo o material de Lewis Caroll, incluindo o “Poema Jabberwocky.” Outros filmes de “Alice” sempre eram apenas uma garota vagueando passivamente com um monte de personagens estranhos. Tentamos tramar uma história que tenha emoção e faça sentido.

P: Você assistiu aos outros filmes de “Alice?”
R: Vi muitas das diferentes versões de “Alice” pelos anos. Eu sei que houve um filme musical pornô que eu lembro de ter assistido nos anos 70. E muitas outras diferentes versões.

P: Você pensa sobre uma audiência antes de fazer o filme?
R: Não exatamente (risadas). Digo, porque acho que você não pode. Quando fiz “O Estranho Mundo de Jack”, as pessoas pensaram que ele era muito estranho para crianças, mas as crianças gostaram muito. Você sabe que fiz material de Roald Dahl e ele é sempre estranho, mas as crianças gostam disso. Pais frequentemente esquecem que crianças gostam de coisas estranhas. Então você tenta fazer isso para todos, creio.

P: Que tipos de tecnologia você está desenvolvendo para “Alice?”
R: Bem, parece mais uma combinação de coisas. Estamos usando técnicas que foram usadas antes. Estamos apenas misturando-as de forma um pouco diferente, então isso é o que torna um pouco diferente para mim: a combinação de atuação e animação.

P: Como essa experiência tem sido para você até agora?
R: Esta é a primeira vez que uso tela verde. É difícil quanto você não tem muitos sets. Você tenta manter isso o mais vivo possível para que os atores possam interagir o máximo com os outros. Velocidade e energia são importantes. Você realmente começa a enlouquecer depois de um tempo, não apenas para os atores, mas para mim e a equipe. Você começa a pensar: “quem somos novamente, onde estamos?.”

P: O que Johnny Depp trouxe ao Chapeleiro Maluco?
R: Ele gosta de se enfeitar. Pensei nos personagens de “Alice no País das Maravilhas”, eles sempre são retratados como loucos sem significado, e acho que ele tentou trazer algo, uma qualidade humana à loucura. Ele tentou entender um pouco mais… Tentamos dar a cada personagem sua loucura particular. Ele é bom para explorar isso, acho que por ele ser louco. Não sei.

P: Como é sua relação com Depp?
R: Nós nos damos bem e trabalhei com ele muitas vezes. É sempre empolgante ver o que ele acrescenta. E é divertido trabalhar com ele porque é como se sempre haverá algo diferente e novo.

Fonte: Cinema UOL

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