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Em entrevista, JD fala sobre amizade e dinheiro

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Em entrevista à revista GQ alemã, Johnny fala muito sobre amizade e um pouco sobre sua estabilidade financeira. Afirma ainda que apesar de ter sim uma vida tranquila na França, voltou para Califórnia para seus filhos estudarem.

GQ: O que o assaltante John Dillinger e a estrela de Hollywood Johnny Depp têm em comum?
Johnny Depp: O que mais me intriga em Dillinger é como ele viveu sua vida, quero dizer, de acordo com o estilo dele. Era um fora da lei e um grande romântico. E aí eu me reconheço bem outra vez. Também me senti minha vida toda como um fora da lei.
Também desde que eu ame tudo em Hollywood, mas não pertença realmente a ela. E isso é bom. É como fazer uma higiene mental.

GQ: É possível fazer isso sem que haja um comprometimento com Hollywood?
Johnny Depp: Eu estou tentando. E o sucesso disso, eu acho, tem sido muito bom.

GQ: Domina o jogo de poderes de Hollywood agora?
Johnny Depp: Sim. Teve uma estrada longa e rochosa até chegar aí. Toda essa vaidade – que tem o maior trailer, que tem o maior cheque – estava me deixando um tanto frio. Primariamente fui lá para me divertir. Meu amigo, infelizmente, agora morto Marlon deu-me uma pista sobre esse jogo.

GQ: Marlon Brando não era muito inacessível?
Johnny Depp: Para estrangeiros, talvez. Mas para seus amigos, ele teve um coração de ouro. Era também muito prático e sempre avaliava se meu bem-estar estava seguro. Quando eu olhei, por exemplo, minha ilha nas Ilhas Bahamas, e comprei, ele quis saber imediatamente se teria proteção contra furacões, se teria abastecimentos de água suficientes e um porto disponível para veleiros maiores. Todas as coisas que eu nem tinha pensado. O Marlon também me advertiu, em entrevistas privadas, sobre falar demais. Por sorte, antes de ele morrer me livrou completamente dessa ilusão.

GQ: Como assim?
Johnny Depp: Certa vez falei entusiasmadamente sobre meus filhos numa entrevista de televisão. Imaginei que mais tarde, quando eles crescerem, e me assistirem dizendo que os amo e que são o maior presente da minha vida, ficariam felizes. Até aí, tudo bem. Mas então teve a transmissão da entrevista, e Marlon me deixou preocupado quando disse: “Johnny, não faça isso nunca mais. O público não faz nada. Isto é algo particular, você ouviu! “E naturalmente tinha razão. Desde então vejo isso como algo nebuloso. Uma vida feliz é algo imensamente tranqüilizante.

GQ: Mas não demorou muito para chegar até aí?
Johnny Depp: Até eu encontrar paz interior? Pode dizer alto! Tive muita raiva e tristeza, agressão e frustração em mim. E se certo limiar de dor foi excedido, tive que simplesmente descarregar isso a todo vapor, para não explodir. Mas, entretanto, tenho muito mais sob controle que antes.

GQ: Como você administrou isso?
Johnny Depp: Com Amor. Isso soa tão fácil – e é então quando encontra amor. Acho principalmente porque o amor altruísta não quer nada, mas é abnegado. O homem simplesmente existe. [...] E gratidão. Sou um homem que teve uma vida ricamente presenteada. Tenho uma esposa, crianças e alguns amigos muito, muito bons que estão felizmente ainda vivos.

GQ: Como Tim Burton, que trabalha novamente com você em seu próximo filme “Alice”.
Johnny Depp: Um grande papel. Se pudesse, trabalharia em todos os filmes do Tim. Já por pura gratidão, porque Tim deu-me a vida a salvo. Se ele não tivesse me dado o papel principal em Edward mãos de tesoura, não sei o que seria de mim hoje. E me fez manter isso, ou então eu estaria em filmes adolescentes, andando com cachorros ou pulando janelas.

GQ: Quão importante é amizade pra você?
Johnny Depp: Para mim, amizade tem uma prioridade muito alta na vida. Porque levou muito tempo até que eu realmente encontrei amigos verdadeiros. Isto certamente foi relacionado ao fato que eu me mudei muito quando eu era criança. Minha mãe e eu nos mudamos no mínimo 30 vezes. E desse jeito não há nenhuma possibilidade encontrar seu amigo de coração.

GQ: Você recentemente completou 46 anos…
Johnny Depp: … Sim, agora vou com passos largos aos 50 também. Recentemente me perguntaram se me tornei um homem maduro. E eu cheguei à conclusão de que homem é uma criança preservada. Eu acho, “homem” é apenas um período na vida. Por um longo momento há a criança ou alguém jovem, depois um ou dois momentos um homem, e depois se é avô por um longo tempo. Pelo menos eu espero.

GQ: É às vezes procura uma vida mais calma, isolada?
Johnny Depp: Claro. Esta falta de anonimato me machuca muito. Posso me expressar em público apenas em movimentos. Uma viagem a Disneylândia com sua esposa e crianças? Esqueça.

GQ: E você fica isolado no sul da França, mas voltou à Califórnia…
Johnny Depp: … E a causa é as crianças. Elas estão agora na escola, então é muito importante que viver lá, aonde vão estudar. Também em Los Angeles. Bem longe de onde meus amigos na Califórnia. (Risos) E de Hollywood [...].

GQ: E há ainda a ilha no Caribe…
Johnny Depp: … Este paraíso retirado e maravilhoso para mim e toda minha família. Então por favor, não me pergunte onde ela fica exatamente. Agora não deve dar a impressão que estamos plenamente numa viagem de “Milionários”. Pelo contrário. Dinheiro é certa segurança e independência, mas nossa vida diária é realmente bastante normal.

GQ: Se você pudesse fazer tudo de novo, faria algo de forma diferente?
Johnny Depp: Claro que há algo em minha vida que não estava tão bem. Mas cada dia me trouxe onde estou agora. E isso é bom. Então fico muito feliz que o passado se foi. Eu prefiro viver para o hoje e para o futuro.

fonte: GQ alemã

1 comentários:

Juliana Carvalho disse...

Opa. vc só esqueceu de dizer que essa entrevista foi traduzida para o site DeppLovers (até mesmo pq fui eu mesma quem traduziu) ;)

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